O que era para ser uma simples reserva de hotel acabou virando dor de cabeça para um professor de 36 anos, morador de Ourinhos (SP). Ele foi vítima de um golpe virtual na última terça-feira, 8 de julho, que envolveu criminosos se passando por representantes de um hotel e, depois, por supostos funcionários de banco.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima buscava hospedagem no site Booking.com quando encontrou um perfil do hotel “Atlântico Prime” no Instagram, identificado como @hotelatlanticoprime. Após iniciar uma conversa via WhatsApp, pelo número (21) 99768-0615, foi orientado a pagar 50% do valor da estadia antecipadamente para garantir a reserva. Confiando na negociação, transferiu R$ 355,00 via Pix para a chave de uma empresa chamada “Ramón A. S. G. LTDA”.
O golpe, no entanto, não parou por aí. Poucas horas depois, o professor recebeu uma nova mensagem via WhatsApp, desta vez do número (11) 96067-1128. O golpista se apresentou como representante do banco Agibank e alegou que a conta da vítima poderia estar comprometida. Para “proteger” o restante do dinheiro, foi sugerido um falso procedimento de segurança — e, acreditando estar falando com o banco, o professor transferiu mais R$ 217,00 para outra chave Pix, em nome de “3AM Jogos Brasileiros e Entretenimento”.
O prejuízo total foi de R$ 572,00, o suficiente para zerar a conta do professor, segundo o boletim. Ele explicou que a conta usada estava em nome de seu pai, e por isso não conseguiu bloquear as transferências de imediato. O caso foi registrado na Delegacia de Ourinhos, com apresentação de prints das conversas e dos comprovantes de pagamento.
A Polícia Civil orientou que o prazo para oferecer representação criminal é de seis meses. A vítima também foi instruída a acompanhar as investigações e aguardar os desdobramentos.
O caso serve como alerta sobre a importância de verificar sempre a autenticidade de perfis, links e contatos, especialmente quando houver solicitações de pagamentos antecipados ou ligações supostamente feitas por bancos.