Em Tupã, interior de São Paulo, um projeto simples, mas carregado de humanidade, tem transformado a rotina de pacientes em tratamento contra o câncer. O sorveteiro Jonas Montagnani, em parceria com a nutricionista Adriele Simi, desenvolveu o chamado “Sorvete do Bem” — uma receita artesanal pensada especialmente para aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia.
Mais do que um alimento refrescante, o produto atua como um aliado na luta contra a doença: ajuda a reduzir enjoos, suavizar feridas na boca e tornar a alimentação menos dolorosa em um momento marcado por dificuldades físicas e emocionais.
O diferencial está no cuidado com cada detalhe. A textura, os sabores e a composição foram adaptados para atender às necessidades nutricionais dos pacientes, garantindo suavidade ao paladar e conforto ao corpo. Mas o que torna a iniciativa ainda mais especial é que todos os sorvetes são doações da sorveteria de Jonas, que decidiu transformar seu ofício em gesto de solidariedade.
Para muitos beneficiados, não se trata apenas de um alívio físico. O “Sorvete do Bem” chega como uma mensagem de acolhimento, lembrando que, em meio às dores, há espaço para esperança e carinho. Um dos pacientes descreveu: “É como receber um abraço gelado que acalma a alma.”
A iniciativa, nascida em uma cidade do interior, levanta uma reflexão maior: por que ideias tão simples, eficazes e humanas não se espalham pelo Brasil? Quando solidariedade e ciência se encontram, o resultado pode ser tão transformador quanto um tratamento médico.
De Tupã para o mundo, o sorvete que nasceu para refrescar vidas mostra que, no combate ao câncer, cada gesto importa.